domingo, 19 de abril de 2009

Daqui ao Pó


Necrosado em vida esperando a morte espiritual
Você caminha sobre corpos de carne putrefeita
Sem esperança e certeza de futuro espera por nada
Admita que daqui você irá ao pó, mero mortal

O sol queima a carcaça dos desviados,
Desviados de opiniões próprias buscando conforto
Mentiras subscritas em palavras de consolo sem comprovação
E você ainda quer acreditar nessa ilusão, mero mortal

O chão espera para te consumir até as vísceras
Você resiste com um suspiro desesperado
Implorando para viver por mais um pouco
O tempo suficiente para ver que tudo tem um fim

Hemorragia interna, crânio rachado, cérebro exposto
Morte evidente que aflige um a um dos seus ossos
Puxando você para o lar de vermes decompositores
No final sobrará apenas um cadáver putrefeito

Daqui ao pó? Daqui a nada? Incerteza da nossa fragilidade.

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