terça-feira, 21 de abril de 2009

Arrastando-me


Sentia a minha carne convulsionando
O espírito calado e a voz se calando
De tanto esforço fiquei desesperado
Desisti e preferi ficar aqui deitado

Aguardei a morte vir lentamente
Como um sopro divino a me beijar
E a me arrastar convenientemente
Para uma profundeza de se espantar

Não pude conter-me em dor
Senti ir embora todo o prazer
E agora tudo era sofrer e estupor

Quem me visse não teria fé
Ela já havia me consumido
E eu morri sem ter vivido

2 comentários:

  1. Não consigo formular algo [digno] pra comentar meu caro..

    Ta tenso heim?! Poesia é??

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  2. poético, e detalhe, é um soneto!
    quanta inspiração rapaz!

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