Deus

Deus é um cientista com um enorme laboratório de análises em mãos, quando criou tudo que conhecemos por “criação divina” tinha como único objetivo estudar o que era possível de se acontecer em um ambiente que ele não controlasse e que possuísse seres limitados, já que os anjos (ou seja lá o que ele tem com ele) possuíam um padrão de comportamento natural se comparado ao dele mesmo, pois por mais que os poderes dos “anjinhos” sejam limitados eles seguem a regra divina de existência e de outras coisas, o que Deus julga como estável.
Mas ao estudar o sistema instável que criara, Deus percebeu que esse se tratava de algo mais complexo do que ele podia estudar no momento, então resolveu prolongar a existência desse sistema e permitir a ele uma determinada evolução, gerando assim a existência de vida, pois o big-bang só permitiu a Deus constatar o nível de seu poder, mas não o que ocorreria num sistema instável, já que todos os ocorridos eram meramente comuns ao colapso inicial.
Uma vez gerada a vida e iniciado o processo natural de evolução que Deus estabelecera como padrão a idéia seria observar o que acontece quando existe o fator imperfeição, mesmo que esse fosse pequeno. A instabilidade contínua e progressiva do sistema gerou a necessidade de estudos mais complexos, já que ocorreu competitividade quando os seres vivos mortais se encontraram pela primeira vez.
A partir desses estudos Deus começou a ver coisas que nunca vira antes, inclusive uma geométrica queda do nível de perfeição e aumento do nível de caos relativo do sistema, para constatar porque isso ocorria Deus precisaria de mais fatores no ambiente para determinar qual deles provoca isso, então vieram as civilizações inteligentes, a partir daí Deus pode constatar que cada fator determina uma alteração caótica diferente no sistema e que juntas elas se relacionam de várias formas e em vários níveis, mesclando esses fatores pode-se perceber que as áreas de estudo de uma mesma coisa já tinham se ramificado, e qualquer interferência poderia levar ao fracasso da trabalhosa experiência. Então Deus resolveu incrementar sua capacidade de análise, que por maior perfeição que tivesse deveria respeitar o nível de imperfeição do sistema, uma vez que esse não admite um fator externo de nível superior.
Os estudos se prolongaram e continuam até hoje, e nós somos os objetos de estudo, o que acontece sem que o façamos são as ocorrências em função do nível de evolução do objeto e o que fazemos são os fatores, podendo esses serem gerados por qualquer componente interno ao sistema, nessa concepção fica difícil pra nós analisar o que realmente é o que, mas enquanto houver progresso haverá razão para os estudos de Deus...


...Eu estava pensando nessa postagem enquanto almoçava na laje, o pessoal no térreo discutindo religião, e eu só escutava blá blá blá por causa do vento e distância, minha comida começou a esfriar enquanto eu olhava para o horizonte, então comi mais rápido.
Vi que Deus era bom, vi ainda que a inteligência, sabedoria e esperteza de Deus eram perfeitas, então minha mãe me chamou, aí eu perdi o raciocínio, mas fiquei contente por tudo até o momento...